Dificuldade econômica ou perseguição ideológica/religiosa? A pergunta
é pertinente, já que após a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciar o
corte em 50% da verba para o Carnaval 2018 do Grupo Especial, o Site CARNAVALESCO
apurou que o drama é ainda maior nas 13 escolas da Série A, que estão
ameaçadas de perderem mais de 50% da pequena subvenção que recebem (cada
agremiação ganha perto de R$ 1 milhão e ainda sofre descontos), e o
assunto é mais desesperador para escolas que desfilam na Intendente
Magalhães (Série B até a E) e que podem concretamente não desfilarem,
pois o poder público não pretende assumir a organização e estrutura dos
desfiles.
Na Intendente, a Prefeitura do Rio é responsável pela montagem da
passarela dos desfiles, além de arcar com os custos do sistema de som,
energia e demais sistemas essenciais para os desfiles, como a
organização dos jurados. Na região desfilam mais de 50 escolas de samba,
e, muitas com presença gigantesca na história da cultura do samba e do
Rio de Janeiro. A entrada do público é grátis e, em 99% dos casos são
comunidades que lutam demais para apresentarem seus desfiles dos os
anos.
O prefeito Marcelo Crivella ainda não se manifestou oficialmente sobre a situação do Acesso, porém, como o Site CARNAVALESCO mostrou na reportagem “Prefeitura remanejou verba que sobrou do Carnaval 2017 para projetos de marketing da Riotur”
o Projeto Carnaval está com o caixa zerado e tudo que tiver que sair
como verba para 2018 terá que ser feito através de novos projetos e de
um caderno de encargos.
O Site CARNAVALESCO
procurou a Liesb, que administra os grupos da Intendente Magalhães, e a
informação é que a Liesb não tem nenhuma posição sobre a situação e que
aguarda que todos os compromissos para 2018 sejam mantidos.
Verba na Série A é chamada de incentivo cultural
Os desfiles da Série A de 2018 terão 13 escolas de diversas regiões
do estado. Os ingressos são sempre vendidos a preços populares e os CDs
com os sambas-enredo vendem sempre mais de 40 mil cópias. A Prefeitura
do Rio, através da Riotur, participa ativamente com o repasse de verba,
chamada da “incentivo cultural”, e que são fundamentais para agremiações
que carecem de estrutura de barracões e, mesmo assim, conseguem gerar
empregos direitos e indiretos, e levar cultura para muitas comunidades
do Rio de Janeiro.
As escolas das séries A, B, C, D e E já definiram suas ordens dos
desfiles para o Carnaval 2018 e agora aguardam que tudo que foi
combinado durante o período das eleições municipais de 2016 seja
cumprido por parte do poder público.
FONTE: CARNAVALESCO
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