O Site CARNAVALESCO apurou que o prefeito do Rio de
Janeiro, Marcelo Crivella, vai receber na manhã desta quarta-feira, no
prédio da prefeitura, na Cidade Nova, os presidentes das treze escolas
de samba do Grupo Especial e os representantes da Liga Independente das
Escolas de Samba (Liesa). O encontro é esperado pelo mundo do carnaval
para que seja criada uma solução para o corte da verba da prefeitura
para o Carnaval 2018.
As escolas já tinham tentado por duas vezes marcar audiência com
Marcelo Crivella, mas sem sucesso. Na terça-feira, durante protesto na
frente do prédio da Prefeitura do Rio, o presidente da Portela Luis
Carlos Magalhães questionou o motivo do prefeito em não receber as
escolas de samba, que durante a campanha eleitoral de 2016, apoiaram a
chapa de Crivella.
Marcelo Crivella, pediu que a população da cidade entenda o corte da
verba para o Carnaval 2018 e citou que o momento é difícil, mas
necessário para garantir a saúde e educação. Segundo Crivella, o valor
volta ao patamar anterior e que se encaixa ao orçamento da prefeitura e
voltou a explicar a questão envolvendo as creches.
– O subsídio que a prefeitura sempre deu para escolas de samba era de
R$ 1 milhão. São 12 escolas (hoje são 13), chegamos ao valor de R$ 12
milhões. No ano passado, ano eleitoral, a prefeitura dobrou esse
repasse. Se você olhar a arrecadação de tributos, o aumento não seguiu
na mesma tendência. O que eu percebi era que precisávamos dobrar mesmo a
merenda de nossas crianças das creches conveniadas. Nós temos mais de
15 mil crianças que hoje são cuidadas pela prefeitura. Cada uma custava
R$ 10 por dia. O que a lei diz é que a cada 4 crianças é necessário um
professor. Cada um tem um salário de R$ 2 mil, logo cada criança deveria
contribuir com R$ 500. Se essa criança tem uma diária de R$ 10, ao fim
do mês chegamos no valor de R$ 300. Se só o professor custa R$ 2 mil,
onde fica o dinheiro de alimentação, iluminação e atividades culturais? O
que era preciso aumentar era o valor das creches e não do carnaval, me
desculpem. Minas Gerais e São Paulo já pagam mais de R$ 20 por criança e
o Rio só dez. Tomei essa decisão de regressar os recursos que o
carnaval sempre obteve. É uma questão de justiça social. Três dias de
festa podemos fazer com o recurso que sempre fizemos. 365 dias de creche
são prioridades na minha gestão – disparou.
FONTE: CARNAVALESCO
Nenhum comentário:
Postar um comentário